domingo, 16 de setembro de 2012

Sobre o tempo

O tempo tem a mania cruel de andar rápido demais, passar à nossa frente, não nos esperar e nem sequer olhar para trás e ver a que distância estamos.
Tal qual irmão mais velho, que abandona a mão do pequenino e anda, com seus passos largos e indiferentes sem se dar conta que não conseguirá ser alcançado e muito menos acompanhado.
O tempo não me esperou. Ele foi. Eu fiquei à espera que ele voltasse, me tomasse pela mão e me fizesse acompanhá-lo. Mas ele não voltou, e cá fiquei eu, tal qual o pequenino abandonado a me perguntar como faria para chegar até ele.
Enquanto eu me pergunto, mais ele se distancia. E a cada marca que se mostra no meu rosto, já percebo que me esqueço da menina que fui. Percebo que assim como o tempo, as pessoas passam, as fases passam, os problemas se resolvem, lágrimas e sorrisos se vão e trazem mais lágrimas e mais sorrisos.
Este é o ciclo. Feito de dias e anos. Feito de tempo. Feito de vida. Feito do que se foi e do que há de ser. Feito do hoje, que é a única realidade que o tempo não nos pode roubar.


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